O documentário do renomado diretor João Moreira Salles ao lado da cineasta Katia Lund retrata o cotidiano dos moradores e traficantes do morro Dona Marta no Rio de Janeiro.
Dois anos de apuração compõem as entrevistas (entre 1997 e 1998) que deram enredo ao documentário sobre o estado da violência urbana no Brasil. O cenário é o Rio de Janeiro, e os personagens são policiais, traficantes e moradores das favelas que se vêem envolvidos numa guerra diária e sem vencedores.
Para aqueles com interesse em compreender um pouco mais por que vivemos à mercê do medo e da insegurança, no meio de um triângulo nefasto composto por políticos demagogos, polícia corrupta e o chamado crime organizado, vale a pena conferir a dica e assistir o filme.
Para outros que priorizam a questão fundamental de um documentário, que é a apuração, o envolvimento com o que é tratado e com a organização e competência para se documentar, esta também é uma indicação.
O dia-a-dia dos moradores da favela Dona Marta só pôde ser observado pelo diretor após uma conversa e autorização de Marcinho VP, chefe do tráfico no local. Detalhes à parte, acreditando que Marcinho ainda poderia se regenerar, Salles ofereceu uma bolsa mensal para que ele escrevesse um livro e largasse o tráfico. O livro nunca foi escrito, Marcinho foi preso e em 2003 foi encontrado morto dentro de uma lixeira no presídio de Bangu 3, onde cumpria pena.
Trecho do filme: ...
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